quarta-feira, outubro 28, 2009

(DES)ENCONTRO DOS ENTALADOS

Explicação sobre o sucedido


Já há bastante tempo que pensávamos organizar uma actividade na Serra da Estrela, pelas suas excelentes condições para escalar, com vias de alta qualidade num soberbo granito. Algures no final de Setembro, resolvemos avançar com a ideia e realizar o 2º Encontro dos Entalados, no Cântaro Magro e paredes adjacentes.

Falamos com algumas pessoas e a receptividade à organização do encontro foi bastante boa. Assim, decidimos pôr mãos à obra.

Falamos com os “Abismados” Sérgio e Natália, a ver se nos davam uma ajuda na realização dos topo-guias e a resposta foi muito positiva. Foram eles, à custa de coisa nenhuma (não ganharam um tostão pelo trabalho que fizeram), que fizeram o design e impressão do topo-guia.

Falamos à D’Maker (representante das marcas Edelweiss e Lasportiva) e obtivemos de imediato um “sim” em relação ao apoio que lhe pedimos para a actividade. De imediato, a D’Maker se prontificou a tratar também das autorizações legais necessárias para a realização do encontro (algo que não lhe atribuímos, mais à frente explicaremos a razão).

Quando falamos com o Clube de Montanha da Figueira da Foz acerca desta ideia, de imediato mostraram grande interesse em envolver-se, oferecendo a sua preciosa ajuda. Pouco depois, transmitiram-nos a vontade que a FPME demonstrou em apoiar este projecto, mas teria de ser com algo que não envolvesse meios financeiros.

Ficou então a FPME, incumbida de tratar de todas as autorizações necessárias para a realização do encontro (foi por esta razão que neste campo recusamos a ajuda da D’Maker). Sendo que o local de escalada se encontra dentro do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), foi necessário pedir autorização à direcção do Parque e ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade). Também alguns membros do Clube de Seia deram uma ajuda no campo das autorizações, deslocando-se pessoalmente a Manteigas, para saber acerca de um possível apoio da Câmara ao Encontro e apressar a resposta acerca da autorização para acampar no Covão d’Ametade.

Uns dias depois, recebemos por parte do Clube de Montanha da Figueira da Foz um telefonema dizendo que o PNSE/ICNB tinha transmitido à FPME que iria cobrar uma taxa de 100 euros pelo encontro, algo normal em actividades organizadas com fins lucrativos. No sentido de não encarecer o preço do encontro, não quisemos imputar este custo às inscrições. Sendo que o valor não era elevado, averiguamos sobre a possibilidade da FPME pagar esta taxa, o que se poderia enquadrar no “Apoio” que daria ao Encontro. Perante a recusa por parte da FPME, novamente o Clube de Montanha da Figueira da Foz lhes transmitiu que deveriam fazer esforços para que a taxa não fosse aplicada, até porque a actividade não iria ter nenhum lucro (o preço que praticamos pagou o jantar e o croqui), pelo que o argumento do PNSE/ICNB não se aplicava.

Pelo que nos foi transmitido, a questão foi ultrapassada. Não sendo uma actividade com fins lucrativos, não haveria taxa aplicada.

Algum tempo depois, houve uma alteração nas datas do encontro. Para evitar a coincidência entre o encontro e as eleições, decidimos marcar o encontro para o fim-de-semana seguinte, dias 17 e 18 de Outubro. Nesse sentido, a FPME redigiu um novo oficio a comunicar ao PNSE/ICNB a alteração das datas.

Dias depois, a FPME transmitiu-nos que o PNSE tinha dado resposta positiva (via telefone) para a realização do encontro.

Sendo que este assunto estava resolvido, a pressa instalou-se. O Paulo e os “Abismados” trabalharam nos croquis, a D’Maker tratou de envolver as marcas, eu mexia-me para coordenar as frentes. No fim-de-semana anterior ao encontro, eu e o Paulo fomos à Serra equipar algumas reuniões (oferecidas pela D’Maker) e tratar do restaurante. Falamos entre todos os que se envolveram na organização do encontro para organizarmos o “lanchinho” (que em vez de ocorrer na inscrição, acabou por ocorrer no final do dia de escalada!). Pedimos também ajuda ao Grillo, para dar algumas indicações aos escaladores que delas necessitassem, no decorrer do encontro. Tudo estava bem encaminhado.

Rapidamente chegou a sexta-feira...e o problema.

Estávamos eu e o Paulo a iniciar a viagem para a serra, quando pelas 20:00 recebemos por parte da FPME, a informação de que tinham recebido um e-mail e uma carta do PNSE/ICNB, a proibir a realização do encontro. A comunicação dizia basicamente que o Cântaro Magro se encontra numa “Área de protecção parcial do tipo I” (de acordo com o Plano de ordenamento do PNSE) e que nestas áreas “apenas são permitidas actividades de investigação científica, visitação e pastorícia...”.

A primeira pergunta foi “Se a informação chegou de manhã, porque só fomos informados agora?”

De acordo com o que nos foi transmitido pela FPME, só tiveram conhecimento da informação no fim da tarde.

Mas...se de acordo com o que nos foi dito pela FPME, já nos tinham dado autorização...como pode tal acontecer??

Pelo que nos foi explicado, uma funcionária do PNSE, disse pelo telefone à FPME que não haveria qualquer problema e que o encontro se podia realizar. MAS na verdade, nunca houve nenhuma autorização por escrito, que é o único e fundamental elemento legal para que de facto se possa dizer “sim senhor, têm autorização para realizar o Encontro”! O telefonema entre a FPME e o PNSE ocorreu a mais de duas semanas do Encontro. Ficamos a saber que desde esse telefonema, a FPME não realizou mais nenhum esforço, não estabeleceu mais nenhum contacto com o PNSE/ICNB, no sentido de obter a devida autorização legal, ou seja, por escrito, que seria o básico e normal num assunto desta natureza.

Indagámos se iria estar alguém da FPME no encontro e a resposta foi “Não”. Novamente fomos apanhados de surpresa, pois nunca pensamos que o apoio da FPME se reduzisse a 2 ou 3 e-mails e uns telefonemas, que nem cobriram a legalidade da situação, e muito menos não pensamos que o desinteresse da FPME fosse tanto, que nem um representante iria comparecer no encontro. Maior surpresa ainda foi a manutenção desse “Não”, numa situação como a que se chegou! Sendo a FPME parte envolvida, não mobilizaram NINGUÉM para estar presente no local. No caso de sermos abordados pelo PNSE/ICNB, a entidade que os contactou não estaria sequer presente!

“Boa sorte e um queijo”! Não o disseram mas foi o que nos fizeram sentir.

Falamos ainda dos custos envolvidos no caso da não realização do encontro – impressão dos topo-guias e restaurante para cerca de 70 pessoas – e o que nos foi dito foi que não podiam fazer nada. Por outras palavras, saltaram fora e deixaram-nos com a batata quente nas mãos! No caso dos inscritos decidirem não ficar porque não há encontro, quem arcaria com as despesas seriamos eu (Daniela) e o Paulo (assumimos o facto logo que a FPME nos deixou sem qualquer apoio).

Era altura de pensar rápido e agir! No sentido de não incorrermos em nenhuma sanção, decidimos então desmarcar o encontro informando as pessoas do sucedido. Pela tardia informação que colocamos na net, percebemos que seriam muitos os que não teriam acesso a essa informação (até porque havia muita gente já a caminho da Serra!) e decidimos estar no local previsto para as inscrições, para informar a todos do sucedido (da desmarcação do encontro e suas razões). Sentimo-nos também na obrigação de estar ali, para o caso de aparecer alguém do PNSE/ICNB.

Como resultado, as pessoas apareceram, entenderam, acharam por bem ficar para o que passou a ser um jantar de amigos e cada um fez o que achou que devia fazer...na verdade as pessoas foram escalar!

No final do dia apareceram dois funcionários do PNSE/ICNB que apenas nos perguntaram se éramos alguma empresa a organizar algum evento. Respondemos a verdade, dissemos que não e eles foram-se embora! Curiosamente nem sabiam de nada de encontros e proibições!

Para culminar, até hoje, a FPME não demonstrou qualquer interesse para saber o desfecho da situação! Realizou um telefonema ao Clube de Montanha da Figueira da Foz no Sábado de manhã, dizendo que de facto não iria aparecer ninguém da FPME na serra! E desde aí...nada!

As nossas conclusões:

Os nossos erros: delegar o assunto autorizações e não o acompanhar muito de perto, insistindo que queríamos ver a autorização por escrito. Acreditámos na palavra da FPME “temos as autorizações” porque para nós era óbvio que para fazer tal afirmação, a situação estaria completamente legal, ou seja, por escrito! Para nós isso é o básico!

Os erros da FPME: não ter feito os esforços necessários para assegura que os assuntos que se propôs tratar fossem resolvidos atempada e legalmente. O seu “Apoio” consistia apenas em obter as autorizações necessárias da parte do PNSE/ICNB, para que se pudesse realizar o encontro! Descuidaram o assunto colocando-nos numa situação complicada. Perante a situação que criaram, não deram qualquer ajuda na sua resolução, não se dignaram a aparecer no local, nem mostraram qualquer interesse em saber como tinha sido resolvida a situação! É para “isto” que serve uma Federação??? É este o interesse que tem nas actividades que diz querer apoiar e desenvolver?? Algo está errado!

O que esperamos de uma Federação é que apoie e se esforce para desenvolver as modalidades que quer tutelar, e que proteja os interesses dos federados e de todos os praticantes dessas mesmas modalidades.

Chocou-nos também o facto de aquando surgiu a tal taxa a pagar, que de imediato dissessem que não tinham dinheiro para tal! Não estamos a falar de 1000 euros mas de 100! Na verdade, o que sente e vê quem está de fora, é que parece só haver dinheiro para uma coisa: competições. Relembramos uma vez mais, NÓS NÃO QUEREMOS MENOS COMPETIÇÕES! Sentimos no entanto que todas as outras actividade estão abandonadas. Não acredito que a FPME não consiga disponibilizar 100 euros para um encontro de escalada predominantemente de auto-protecção, que consegue mobilizar 80 escaladores!

Quanto a nós, o voto de confiança que demos à FPME, integrando-os na actividade que pretendíamos realizar, transformou-se num verdadeiro balde de água fria. Não vimos de forma alguma os nossos interesses defendidos.

Os erros do PNSE/ICNB: revela, ou uma enorme falta de cuidado ou incompetência, a transmissão da proibição a 24h do acontecimento, mais ainda tendo em conta que a instituição que contactaram (FPME) só tem portas abertas entre as 15:00 e as 17:00 (ou seja, possivelmente só iriam receber a noticia à tarde, a menos de 24h do encontro). Tal impede que os implicados consigam tomar uma atitude congruente com a proibição, sem que haja lesados. De facto, anulamos o encontro, mas as pessoas foram ao local na ignorância e nós tivemos de lá estar para transmitir o que nos foi legalmente comunicado.

De louvar a atitude de todos os apoios envolvidos, que ao contrário da FPME, decidiram ficar junto dos escaladores.

5 Comments:

Anónimo said...

Perante a censura existente no Fórum Havista (aproveito para saudar tamanha democraticidade e possibilidade de livre expressão!) e de modo a evitar possíveis "mexidas" no meu texto (facto que já se verificou com outros intervenientes, o que também é de todo muito saudável!), gostaria de usar este espaço para manifestar a minha inteira solidariedade face aos organizadores do "Encontro dos Entalados" e o meu repúdio pela “lei da rolha” que pretensamente alguns querem impor com o objectivo de branquear a actuação canhestra da FPME, numa tentativa de perpetuar o pseudo estado de graça dessa entidade. Por último, e antes que avancem com as costumeiras censuras acerca do anonimato deste comentário, recomendo que “caguem” nesses preconceitos identificativos ou tentativas de quantificação de eventuais coragens ou cobardias. Limitem-se a ler e, muito importante, a compreender os conteúdos, abstraindo-se do acessório. Apesar de agora dar jeito estar ligado à pastorícia no Cântaro Magro: não sejam ovelhas, bebam bi-groselhas :)

P.S.: Já agora, recomendo a leitura do que se encontra no seguinte endereço acerca de um Despacho do IDP sobre a federação de montanhismo e a denominada federação de montanhismo: http://www.fcmportugal.com/ResourcesUser/Data/Doc_Noticias/IDP_Denuncia.pdf.

Anónimo said...

Olá anónimo.

Tens razão quanto ao repúdio que geralmente temos contra os anónimos.
Temos mesmo repúdio!
Lamento mas, não vou "cagar" nos preconceitos identificativos.
Para quem sente estar do lado da razão não deveria ter nenhum problema em assinar os seus comentários. Se não assina será talvez porque se poderá sentir perseguido. Mas, olha que a ditadura já lá vai! Tranquilo!
Mas, fica descansado, aqui não vamos apagar nenhum comentário mesmo os que não aportam nenhuma mais valia e até os ofensivos (não é o teu caso).

Se por um hipotético acaso ocasional e por coincidência coincidente tens algo que ver com a federação de campismo ou és partidário da dita cuja devo informar-te que se a FPME tem muitos defeitos a FCMP ainda tem mais, porque tem dinheiro e NUNCA fez nada em prol da montanha em Portugal. E a ela devemos muitos anos de esquecimento!
Fala alguém que já lá esteve e (reconheço) até já foi patrocinado numa particular actividade pensando que daí poderia ter sido feito algo a favor da comunidade.

De qualquer modo, obrigado pelo cumprimento ao rppd.

Paulo Roxo

ljma said...

Quando andava envolvido em andanças com clubes, ainda não havia (que eu soubesse) federações para o montanhismo. Depois disso deixei de participar ou organizar actividades enquadrado associativamente (e confesso que agora já praticamente não pratico, fora uma ou duas escaladas por ano e umas corridas pela serra). Por estar assim desligado, sinto pouco a utilidade destas estruturas associativas e a vossa questão com a(s) federação(ões), embora a compreenda, não a sinto com a mesma intensidade.

Agora, a questão com o ICNB/PNSE não é a mesma coisa. Ainda tenho muita leitura de leis para fazer (ando a baldar-me à seca) mas se as coisas são como parecem, não há liberdade para escalar na serra, com ou sem clubes, com ou sem federações. E isso parece-me muito grave. Só pode ser aceite em face a valores ambientais bem especificados (e, claro, demonstrados) e bem localizados espacial e temporalmente. Que nos digam: "não podem escalar esta via no Verão porque incomodam um ninho de águias na época em que residem no nosso território", ou "não escalem naquela pedra porque há nela um líquene com milhares de anos". Assim, sim. Agora afirmar-se que não se pode escalar no Cântaro Magro porque é uma zona de protecção parcial de tipo I, quando se permite a "visitação" sem especificar muito bem o que isso é (escalar não é visitar, também?), isso considero inaceitável.

Entendo que devíamos tentar tomar uma posição o mais firme possível quanto a isto. A ver se pensamos no assunto.

Uma área protegida onde se pode fazer de tudo menos as actividades que menos impactos têm, é uma área que mais valia ficar desprotegida!

Saudações
José Amoreira

Anónimo said...

Olá Paulo Roxo

Os meus parabéns! Vejo que possuis uma inteligência dedutiva fora do normal ao identificar-me como partidário da FCMP: deve ser pelo link que coloquei no final do comentário :) Mas atenção que isto do anonimato, para além dos diferentes aspectos criticáveis e preniciosos, também tem as suas vantagens. O anonimato funciona um pouco como as calças de ganga nas gajas, por muita que seja a nossa imaginação nestas nunca se sabe verdadeiramente o que está por baixo e naquele nunca se sabe o que está verdadeiramente por trás. E tanto um como as outras podem ocultar grandes surpresas, por vezes boas e outras nem por isso. Se a malta insiste em fixar-se no que está por baixo, ignorando as calças, ou em fazer suposições sobre quem estará por trás e a que tribo pertencerá, ignorando a mensagem, isso é uma opção como qualquer outra. Consoante o nosso posicionamento assim o nosso ponto de vista, tão simples como isso. Dogmatismos á parte perante o anonimato, dou-me a liberdade de dedusir que o vosso posicionamento face ao “Encontro dos Entalados” revela uma atitude de locus de controlo externo. Ou seja: se as coisas correm mal ou de forma que não vos agrada a culpa é dos outros e pronto, limpinho, já está. Simples, está o assunto resolvido. E as federações nesta matéria são um alvo sempre pronto a levar porrada q.b..

“A FPME tem muitos defeitos e a FCMP tem ainda mais”: é perfeitamente natural que assim seja tendo em conta que uma existe há meia dúzia de anos e a outra tem mais de meio século. Quanto mais tempo de existência maior a exposição às criticas do costume e nestas coisas há que manter a tradição, não é? Agora dizer que a FCMP nunca fez nada em prol do montanhismo não será extremista demais? A FCMP já terá feito alguma coisa: que mais não seja porque até já te patrocinou uma actividade ao Himalaia. Nada mau para quem não faz nada :) Por outro lado, a FPME também já terá feito alguma coisinha: que mais não fosse por ter apoiado o “Encontro dos Entalados”. Ir três vezes ao Himalaia e não fazer nenhum cume é não fazer nada? Parece-me uma posição bastante redutora. Convém ter algum cuidado quando se qualifica, quantifica ou adjectiva algo, é que nestas coisas podemos estar a difamar ou a prejudicar alguém ou alguma entidade de forma injusta! E nesta rodada de tiros pró ar contra a FPME (e também contra a FCMP) ainda alguém leva um balásio no pé. Não me parece que atacar as federações e fazer marketing ao umbigo seja a melhor forma de promover o montanhismo em Portugal ou em qualquer outro ponto da galáxia.

Talvez também seja conveniente explicar a minha adjectivação de “atitude canhestra da FPME”, aliás duplamente canhestra, para que não resulte daí algum mal entendido. Na realidade tratou-se de um duplo e inocente erro porque provavelmente não conheciam o funcionamento do ICN e por outro também desconheciam o vosso posicionamento de locus de controlo externo. Para quem ainda não tenha reparado, quem proibiu o “Encontro dos Entalados” foi o ICN.

Anónimo said...

Excmo sr anónimo, sem nome, indenominado, fantasma, etc.
Como não te identificas tenho a liberdade de te chamar o que me apetecer.
Eu, pelo menos não tenho medo de assumir a identidade e opinião. Tenho duvidas se isso será uma vantagem mas, olha é o que há!

Quanto a ti, continuo sem perceber porque não te identificas. Bem, lá terás as tuas razões. Volto a repetir que não deverias ter medo. Volto a repetir que a ditadura já terminou. Não necessitavas de te esconder detrás de um teclado!
Por outro lado é bem mais fácil mandar bocas desse modo, não?

Ó anónimo, tens de te decidir pá... estás solidário com os organizadores ou achas que afinal são apenas egocentricos apenas centrados no seu umbigo?

Afinal consideras a FPME uma federação "canhestra" em pseudo estado de graça (acrescentando uma denuncia altamente destrutiva) ou achas que afinal apenas cometeram um erro inocente?

Acho que vais ter de te decidir nestes aspectos!!

Quanto ás federações e apoios, pois claro que já fui apoiado pela Federação dos campistas mas, não para os Himalaias. Foi para a cordilheira do Pamir em 2004. E, também me recordo bem de ter agradecido de forma conveniente e até de levar a respectiva bandeirinha e fazer a respectiva publicidade. E também me recordo de me ter oferecido para realizar uma palestra ou quaisquer outras actividades de contra-partidas. E também me recordo de a FCMP ter-se marimbado para dar uma continuidade a essas contra-partidas e ter dasaproveitado "de uma forma canhestra" a oportunidade de nos ter utilizado como veículo para divulgar um pouco mais as actividades de montanha.

Anónimo, não é pelo facto de ter tido um apoio num determinado momento que sou "comprado".
Provavelmente, antes de ti, já fiz parte da Federação dos campistas, numa secção chamada SNAM e, aquilo que encontrei foram mesquinhices e engodos.

Quanto ás nossas razões de queixa neste passado encontro parece que a tua furia te fez esquecer tudo aquilo que foi escrito. Ou então não percebeste nada (se te identificasses até talvez tivesse uma hipotese de te explicar melhor pessoalmente).

Uma coisa é certa: a montanha em Portugal nunca foi defendida por qualquer federação e as consequêncas estão á vista: proibições absurdas sem qualquer contestação por parte dos que tem o DEVER de contestar.

Por outro lado, as realizações mais relevantes de montanha em Portugal (sem contar com as competições) sempre foram protagonizadas por particulares.


Paulo Roxo