quinta-feira, maio 21, 2020

O Berloque


O BERLOQUE



Visto da estrada o Berloque parece... um berloque!


O Berloque é um pequeno sector com o potencial adequado para servir como “escola de fissuras”. Situa-se à beira da estrada que faz a ligação Manteigas/Poço do Inferno, num lugar referido na carta topográfica como “Urtigueira”. O pouco tempo de aproximação chega a ser ridículo (menos de 5 minutos!) e a proximidade com a estrada não impede que se trate de um local tranquilo, onde é possível respirar a calma, qualidade muito característica da escalada na Serra da Estrela, em geral.
Este sector foi explorado por mim e pela Daniela Teixeira no início de 2019. Todas as vias foram limpas e abertas nessa altura mas, nunca chegaram a ser batizadas, tendo sido apenas numeradas. A crise actual, com todas as suas consequências, inspirou os nomes apresentados - que nunca nos falte o humor… sobretudo o negro!


Na "Covida-se um amigo".



É um sector com vias relativamente acessíveis e sem grandes problemas técnicos, no entanto, dado que falamos de protecções “volantes”, nomeadamente friends e entaladores, em que a segurança do escalador está totalmente dependente das capacidades e conhecimentos do próprio, não convêm levantar a guarda em função do número que se lê no croquis. Apesar do grau relativamente modesto, este deve ser considerado TERRENO DE AVENTURA. Desta forma, torna-se aconselhável adoptar uma postura adequada.


Na "Covida-me pra escalar!".



Todas as vias desembocam em reuniões ou “tops” equipados e para algumas é necessário prestar atenção a algum roçamento que a corda possa produzir ao se ser descido em estilo "desportiva”.
Outro aspecto a ter em atenção é o granito característico do sector em particular, apresentando algum grão, o que pode proporcionar algum escorregão inadvertido.
Não sendo um sector de alta qualidade ou excelência, o Berloque pode oferecer um dia divertido de escalada clássica, a alguns metros da viatura – e das cervejitas no final do dia… quando o mundo se livrar da maldita virose que o atormenta!


Paulo Roxo


Os Topos