
quinta-feira, junho 04, 2009
Publicada por Daniela Teixeira à(s) 14:02 2 comentários
quarta-feira, junho 03, 2009
TOKA LANGAGE (?!)


Pinheirinhos!
- Uau! Agora sim, escalada! – Pela primeira vez, liberto-me das amarras da tensão e da duvida e lanço-me a uma série de passos que se sobrepõem rapidamente.
Ironicamente é a secção da via em que as protecções mais distam e, onde é impossível proteger com outras coisas. No entanto, o run-out coincide com o troço de melhor rocha. As boas presas surgem-me nas mãos e a escalada desenvolve-se com fluidez. A corda pende livre. Uma queda iria supor um voo distante mas, jamais exposto. O extra-prumo é considerável.

O primeiro lance: longo, precário e nervoso.
Depois de equipar (semi-equipar) e limpar a via desde o cimo, faltava realizar a primeira ascensão.
No dia 5 de Abril, a Daniela e eu dirigimo-nos para os Pinheirinhos determinados a dar o nosso melhor.

A daniela e as gaivotas.
Essa determinação foi rapidamente minada logo após os primeiros metros.
Dias antes, eu tinha ocupado bastante tempo a limpar e sanear blocos incrustados no inicio da via. Mas, pelo visto, contra todas as expectativas, essa limpeza, a juntar ao numero de plaquetes colocadas, não ajudaram a mitigar o medo causado pela própria estrutura rochosa.

Nuvens...
Bastante nervoso, fui realizando os movimentos mas, não me atrevia a prosseguir sem analisar os passos seguintes... pendurado na protecção anterior.
O run-out com rocha de qualidade foi, na verdade, o salvador espiritual deste lance infame.
Depois da reunião, seguiu-se uma placa com um “concentrado de dificuldade” e logo um diedro de aspecto frágil mas, de rocha excelente.


Dois momentos do segundo largo. Aparência frágil mas, sólido.
O ultimo largo é mais difícil do que parece, quando visto desde baixo. Os dois blocos suspeitos a meio, apesar de bem agarrados, devem ser tratados com respeito.
A “Toka Langage” – o nome não tem qualquer significado!- trata-se simplesmente de mais uma via a juntar à colecção dos Pinheirinhos.
O primeiro lance é o mais equipado mas, também é o mais delicado. Este pode ser evitado, escalando o primeiro largo da “Oliveirinha”.
Paulo Roxo
Publicada por Paulo Roxo à(s) 19:02 1 comentários
Etiquetas: Serra da Arrábida