1 de Abril 2006
Previa-se um fim-de- semana chuvoso, mas ainda assim, fomos espreitar o sol na falésia de Pinheirinhos.
No inicio do caminho, percebemos que não iriamos estar sozinhos, pois cruzamo-nos com um carro familiar estacionada, a Ana, o Rosado e o Luis Fernandes tinham chegado antes de nós. Iam para uma “Viagem sem Rumo”...
Da nossa parte, estavamos empenhados em terminar mais uma nova via nesta parede que mora ali perto do Cabo Espichel.
Chuva nem senti-la, o sol brilhou e nós...escalamos, alegres, felizes e contentes 4 largitos de se lhes tirar o chapeu (neste caso, o capacete!).
Chamamos-lhe “Diedro Makalu”.
Para os muuuuuiiiiiiiiitoooooos interessados, a via encontra-se semi-equipada, reuniões semi-equipadas (anda uma plaquete perdida por reunião, o friendusco extra fica por vossa conta) excepto a primeira, que tá todinha à vossa espera.
De quando em vez, encontrarão alguma plaquete e simpáticas pontes de rocha equipadas com cordeletas (que até são capazes de aguentar com alguma queda).
O primeiro largo é um pouco enganador, passa-lo-ão em suspanse a pensar onde anda o 6b, mas ele encontrar-vos-á!
O segundo lance, começa numa plaquinha, de calcário picotante (se a fizerem, irão perceber o significado da palavra – de qualquer modo, vale bastante a pena).
O terceiro largo, entra no diedro evidente, um 6b mais atlético, digamos que...mais desportivo!
No quarto largo, onde se suspira de tristeza por saber que não há mais e mais e mais outro larguito, continua-se pelo diedro, num interessante 6a+. É um bocadinho exposto, mas não faz mal...vocês gostam (é mesmo só um bocadinho)!
Após estes 4 larguitos de rocha de boa qualidade, certamente ficarão curiosos para fazer a vizinha Shisha Pangma (são dois mundos paralelos), também ela semi-equipada.
Para não ficarem desamparados, juntamos aqui umas achegas dessa via.
Foi aberta em Dezembro.
No primeiro larguito, espera-vos um 6b com uma passagem verdadeiramente de circo a meio do largo (nada que um pouco de contorsionismo não resolva).
De seguida, um diedro fácil conduz a uma bela aresta que termina num outro diedro, tudo isto está a venda por 6a+.
O terceiro e último largo, 6a+, tem um inicio um pouco delicado. Os mais distraidos olharão para um diedro, mas o caminho acertado é seguir o esporão.
Apesar de (por agora) só serem apresentadas duas vias, 6 outras existem nesta falésia.
Aos pouquinhos, elas vão aparecendo por aqui (não se esqueçam que este é ainda um bloguinho experimental)....aguardem as cenas dos próximos capitulos.
Téééééé...
domingo, abril 02, 2006
Publicada por Miguel Grillo à(s) 23:44
Etiquetas: Serra da Arrábida
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1 Comment:
Via “Diedro Makalu” - sugestão de estratégia
Na R1 rebocar as mochilas e demais bagabem da cordada, que não seja necessária para proteger o lance, a partir da primeira reunião, com uma das cordas e dar segurança ao segundo, com a outra. (implica coordenar isso à partida protegendo abuntemente, com a corda que irá segurar o segundo da cordada).
Içagem praticamente isenta de roces destrutivos para o material.
Pontes de rocha algo quebradiças. Algumas desmontam-se sozinhas. Rocha suja e frágil no L1.
É possível empalmar o L3 e o L4 num memorável mega lance, no entanto perde-se comunicação e "ganha-se" mais algum roçamento de corda.
FP
(repetição em 28.03.2016)
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