A história da Parede Amarela, na Serra da Arrábida, é relativamente recente.
A “Bio – (H)azar(d)” foi a primeira via a ser aberta nesta parede e traduziu-se numa escalada semi-equipada inaugurada em Janeiro de 2008, pela Daniela Teixeira e por mim.
Mais tarde, foi aberta a “Cuiação Palpitante” (mesmos autores da via anterior), seguindo o mesmo estilo de escalada, da “Bio...”: desde baixo, equipando o minímo mas, assegurando que os repetidores não necessitassem de utilizar pitons.
A Daniela durante a abertura da "Bio - (H)azar(d).
As linhas desportivas foram equipadas por mim desde o cimo da falésia, tendo surgido em primeiro lugar as “Terrortáctil” e “Gotinha indecisa” e pouco depois, a “Erosão”. Estas três vias foram escaladas pela primeira vez por mim e pela Daniela.
A seguir, equipei as “Pais à força” e “Estrupadores da via alheia” que acabaram por ser abertas em visitas separadas pelos escaladores Nuno Pinheiro, Francisco Ataíde e Filipe Costa. Estas escaladas foram realizadas um pouco por engano, porque os seus autores pensaram (compreensivelmente) que as recentes plaquetes correspondiam a vias abertas. Daí, a origem dos nomes, imaginados pelos próprios.
O Rui Rosado na "Pais à força".
A ultima via desportiva foi equipada desde o cimo por mim e situa-se imediatamente á direita da “Bio...”. Tratava-se de um projecto “aberto”, ou seja, livre a quem quisesse realizar uma tentativa. Adivinhando a dificuldade elevada desta ultima via (sobretudo no terceiro lance), facilmente reconheci a minha incapacidade do momento de concretizar uma tentativa digna desse nome. Por isso, não hesitei em aconselhar a via a quem tivesse curiosidade para a escalar. Recentemente, o Francisco Ataíde e o Nuno Pinheiro lançaram-se à nova via e acabaram por a escalar pela primeira vez, sem que tenha surgido o encadeamento. A sua proposta de dificuldade vai para o 7b+.
A ultima via aberta até agora na Parede Amarela é a “De novo, o Estado novo?!”. Foi iniciada por mim e pela Daniela e terminada na companhia de João Gaspar. Trata-se de uma “clássica”, com um terceiro lance realizado em escalada artificial interessante e representando ao mesmo tempo, um emocionante objectivo futuro de escalada livre.
O João Gaspar na "De novo, o Estado novo".
Os topos
Características gerais: As vias clássicas encontram-se semi-equipadas e podem ser realizadas com um conjunto bastante completo de friends e entaladores e, para as que tem lances de escalada artificial, contar com os óbvios estribos.
As vias totalmente equipadas devem ser entendidas como “desportivas de aventura”. São vias de “largos” e as reuniões estão normalmente localizadas em plataformas cómodas que nada têm a ver com os “top`s” normalmente encontrados nas escolas desportivas. Também para estas vias, o capacete é fundamental.
Com excepção para a “De novo, o Estado novo?!”, todas as outras reuniões estão equipadas e preparadas para o rapel. No entanto, a via “Erosão”, pode ser considerada como a linha de rapel da parede.
Aconselhadas cordas duplas, ou simples de 70 metros.
A seguir: as duas novas e belas vias abertas na falésia dos Pinheirinhos.
Paulo Roxo
3 Comments:
Gosto disso, das vias Bio!!!
Aquele abraço
João Animado
Como a melhor fruta é a fruta da época,e uma vez que as principais escolas de escalada estão de momento de molho, a parede amarela é uma boa opção para um bom dia de escalada.
A não perder a Gotinha Indecisa, Terrotactil,Estrupadores e Pais à força e Bio Hazard. Rocha de GD qualidade (sobretudo e especialmente ou talvez mesmo somente dos 2º largos:)
AgoRa a sério,
NÃO NEGUE À PARTIDA UMA CIENCIA QUE DESCONHECE! As vias são 5 estrelas!
Parabéns Roxo pelo trabalhoe obrigado pelas emoções, claro está sempre fortes!
Rosado
Excelente!
Para quem procure vias fortes e cheias de emocao, a Parede Amarela e uma escola bem a mao!
Vou gostar de ouvir noticias das "libertacoes" que vierem acontecendo, pois, com esta nova "ditadura", a coisa nao esta facil e nao e para todos, venham entao os nossos herois libertadores!
Abracos desde Macau,
Gaspar (e bj da Teresa)
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