quinta-feira, janeiro 11, 2007

A Casa do Pânico
Nota 1: Pois é! Quem tiver pachorra para ler mais um testamento à armar em lírico só nos resta pedir que tenham mais um pouco de paciência para mais esta lamechice pegada. Desta vez, falamos sobre a «Tentativa Panic House», mais uma repelente aventura vivida à alguns anos algures pelos Alpes e transposta neste insuportável e lamechas texto no inicio de 2003. Na falta de melhor, cá vai!!!
Nota 2: «A Casa do Pânico» relata-nos a tentativa de abertura de uma nova via de escalada na face Norte da Punta Pioda di Sciora (Alpes de Engadin – Suiça), por parte de João Ferreira “Animado”, Nuno Soares “Larau”, Miguel Grillo e Paulo Roxo em Julho/Agosto de 2002.

Assim nasce um projecto…

Era uma quente e luminosa tarde de finais de Agosto e nós os quatro lutávamos desajeitadamente com umas enormes e apetitosas sandes de atum, sentados na relva do camping “Les Arolles” em Chamonix. Fazia já alguns dias que o Paulo e o Nuno “Larau” tinham escalado a Walker na face Norte das Grandes Jorasses e eu e o João “Animado” tínhamos descido da Directa Americana na face Oeste dos Drus. Estávamos a preparar-nos para partir de regresso a Portugal, pois o dinheiro (como sempre!) estava-se a acabar e as previsões meteorológicas não eram de todo muito animadoras.
Serenamente o Paulo liberta os seus pensamentos e num suspeito tom de voz fala pausadamente acerca de um possível projecto: “há alguns anos atrás, quando escalei a Norte do Piz Badile na Suiça, pude observar nas agulhas próximas ao grupo de Sciora uma parede perfeitamente vertical, com grandes tectos e uns 600 metros de longitude, com um pequeno glaciar aos seus pés que mais parece uma das famosas agulhas patagónicas. E além disso, posteriormente pude comprovar num guia de croquis da zona que essa mesma parede apenas tem uma via de escalada no seu flanco direito, o que quer dizer que na parte mais impressionante de toda a agulha, e por incrível que possa parecer, não existe via alguma.” O silêncio invade profundamente as nossas mentes e apenas se podia sentir e ouvir o ruído dos restantes habitantes deste simpático parque de campismo aos pés do Monte Branco, assim como o ritmado trincar dos nossos maxilares devorando deleitadamente os nossos sanduíches, quando o Paulo continua: “…penso que seria um bonito projecto tentarmos abrir aí uma via de escalada no próximo Verão, ao mais puro estilo bigwalleiro, com hamacas e sacos de big-wall, vários dias de permanência em parede, muita verticalidade e todo o demais…”. Após alguns segundos de silêncio, alguém com uma entusiasmada voz exclama: “isso parece-me uma excelente ideia!”. Então, como crianças encantadas, disparam-se os comentários: “já está, no próximo Verão iremos ao grupo de Sciora”, “vai ser um espectáculo…”, “não, vai ser um sonho!”…


A primeira vaga…

No dia 23 de Julho, o Paulo e o Animado saem de terras lusitanas em direcção aos Alpes na antiga e incombustível furgoneta VW do João, mas sem antes pararem a escalar um pouco em Benasque (Pirinéus). Chegam à Suiça e no parking de Val Bondasca deparam-se com um placar avisando que é impreterivelmente obrigatório pagar permissão de estacionamento. Claro que não fizeram caso de tal aviso e depois de prepararem os pesados e volumosos sacos, partiram andando pelo sinuoso (e sempre a subir!) trilho em direcção ao grupo de Sciora. Quatro horas mais tarde e muito suor derramado, quando passavam em frente do refúgio, apercebem-se surpreendidos de que alguém se dirige gritando e apressadamente a eles, dizendo coisas em alemão com uma voz pouco amistosa. É a guarda do refúgio, que ao vê-los com tão volumosos sacos às costas se apressa a aclarar que é expressamente proibido acampar ou bivacar em toda a região e ameaça-os com pesadas coimas, denúncias, helicópteros da polícia, blá, blá, blá….Eles por sua vez, tentam explicar que vão tentar abrir uma nova via numa parede a duas horas de distância do refúgio, mas a guarda com uma insensibilidade e arrogância característica, não os deixa passar. Depois de uma longa (e muito cara!) noite passada no refúgio, sem saberem o que fazer, num acto de firmeza decidem partir para cima o mais cedo possível, e provar se as ameaças são verdadeiras. Uma hora e pouco mais tarde, depois de atravessarem uma instável moreia de glaciar, plantam uma grande e vistosa tenda de cor alaranjada (ao melhor estilo base-camp) numa gelada língua do glaciar, na brancura da neve (não dava nada nas vistas!). Os seguintes dias são passados realizando carregamentos de material e comida da carrinha à tenda, intercalados com alguns dias de escalada, abrindo os três primeiros largos da linha eleita e deixando-os equipados com cordas fixas. O primeiro lance decorrendo por uma medonho scrambling (tudo podre!) e muito exposto à caída de pedras que regularmente vinham de cima a toda a velocidade, e o segundo e terceiro por um estético diedro de 90 metros de abrasivo granito cinzento.

A segunda vaga…

Alguns dias depois, no final de uma escura e chuvosa tarde, chego eu e o Larau. Mas, antes de atravessarmos para a Suiça, jantamos uma deliciosa pizza (e que bella ragazza!) ainda em terras Italianas, e então pomo-nos a caminho da primeira barreira de problemas: a fronteira. É que quase sempre que visitámos a Suiça para escalar, sempre tivemos enormes problemas para entrar neste bonito mas arrogante país, sem nunca entendermos qual a razão. Uma vez mais surgem as dificuldades e só após um extenso interrogatório conseguimos chegar a Val Bondasca (claro está que sem pagar o parking!). Aí esperam-nos o Paulo e o Animado, assim como uma extenuante subida de quase cinco horas com os sacos às costas até ao nosso “campo base”. Ao chegarmos, o João recebe um grave telefonema de Portugal e debaixo de uma tremenda tempestade de granizo recolhe os seus pertences indispensáveis a sai a toda a velocidade trilho abaixo e montando-se na sua “novíssima” furgoneta (que alcança a espectacular velocidade de ponta de 90 Km/h!) parte em direcção non-stop a terras lusitanas.


A parede…

Despertamos com a luminosidade do dia e ao sair do interior da tenda fico assombrado com a imponência da “nossa parede”.
- Então que tal…gostas? Bonita, não?, questiona o Paulo.
- Uau…que parede!, respondo boquiaberto.
- Larauuuu acorda...vê, vem ver isto!, grito.
Em redor do empinado glaciar forma-se um espectacular circo de paredes de granito. No seu contraforte direito sobressai um vertical muro, recortado por um grande tecto ao centro, e imensos diedros e lisas placas lançam-se ao céu numa provocadora atitude de vazio, terminando num temível head-wall yosemitico.
- Não é possível que num país com tanta tradição alpina e numas montanhas tão exploradas como os Alpes, exista uma parede de tamanha beleza e de carácter tão desafiante, somente apenas com uma via de escalada!, exclamo extremamente admirado.
- Pois é, mas é mesmo verdade!, responde-me o Paulo soltando um enorme sorriso.
- Isto vai-nos dar muito trabalhinho!, ironiza o Larau.
- Sim, parece que vamos passar uns bons momentos!
- Sim…sim…

A eterna rotina…

Os seguintes dias resumem-se a “agradáveis passeios” glaciar acima, cordas fixas acima, cordas fixas abaixo, glaciar abaixo…sempre com “leves” e “confortáveis” sacos grudados às costas transportando “coisa pouca” (230m de corda, 40 e tal friends, mais de 50 pitons, dezenas de plaquetes, buris, plomos, rurps, entaladores, micros…, 30 litros de água, comida para 8 dias, duas hamacas duplas, sacos-cama, roupa, etc, etc, etc…).
Também havia tempo nos intervalos de descanso, para fazermos um pouco de boulder nuns blocos próximos, mas isso sim, de botas e gore-tex em cima pois o frio mordia ferozmente os nossos cansados corpos.
Os muitos dias de chuva eram passados (muito alegremente!) encerrados na tenda numa dura rotina de dormir, acordar, comer (pouquinho que a comida era curta!), dormir, e voltar a dormir…num cálido e “perfumado” ambiente de eterna luz alaranjada.
Nos numerosos dias passados neste campo base, ninguém (policia!) nos incomodou e poucas foram as pessoas que passaram nas nossas proximidades. Apenas por duas ou três vezes avistámos alguma cordada a escalar um evidente esporão numa agulha das proximidades. Por incrível que possa parecer, tínhamos a constante sensação de nos encontrarmos em alguma remota zona de outra cadeia montanhosa.

O ataque…

Num certo dia, o céu despertou claro e azulado. Saturados de tanto “campo base” tomámos a tão esperada decisão:
- Vamos, bute viver para a parede!
- Uff, já não era sem tempo…
Glaciar acima, jumarear as cordas, içar os petates, preparar as hamacas, organizar o material e:
- Tá a escalar que já se faz tarde!
- Eu abro este largo!, diz o Paulo com uma alegre e motivada voz.
- Ok, arranca de primeiro que eu vou tentar arrumar a “casa”… vou montar o nosso acampamento suspenso!, respondo-lhe.
- Vai lá Paulo, vai lá que eu faço-te segurança! Mas tem atenção com esses enormes blocos aí em cima!, diz o Larau num tom um pouco preocupado.
O Paulo inicia o próximo largo por um bonito diedro, por vezes escalando em livre, por vezes sacando dos estribos, enquanto eu lutava freneticamente com as duas hamacas e com os três petates tentando com o meu melhor esforço organizar minimamente o nosso acampamento de parede, a 180 metros sobre o glaciar. O Larau por sua vez, encolhido pelo frio, olhava fixamente para os blocos da parte superior do diedro. Era precisamente no final do dito diedro que se começava a delinear algo que ninguém queria imaginar, mas que mais tarde se viria a constatar. Dando todo o seu melhor, aplicando toda a sua larga experiência e extraordinária força, o Paulo ultrapassa os intensos momentos de medo e passa por um terreno de enormes lajes e blocos soltos que apresentavam um aspecto e um som do mais terrível que alguma vez havíamos presenciado. Ou assim o pensávamos nós! Naquele granito, que visto de baixo parecia de grande qualidade e de inigualável solidez, à medida que avançávamos mostrava a sua face mais atroz, quem sabe a sua inviolável superioridade.


A casa do pânico!

Era uma fria e cinzenta manhã e o céu estava a ponto de descarregar toda a sua poderosa fúria, mas, para nossa sorte a chuva tardava em chegar. Sentados sobre as hamacas, meio metidos dentro dos sacos de dormir, olhávamos apreensivos para o gigantesco tecto que corta a parede em diagonal no sentido esquerdo, dois lances por cima do nosso campo. A noite tinha sido tranquila mas ninguém se atrevia a prenunciar as primeiras palavras. Somente o vento e o ritmado som do fogão suspenso entre as duas hamacas, se faziam sentir perdendo-se na grandeza do vazio.
Tinha chegado a minha vez de abrir de primeiro, e logo depois de tomar o pequeno-almoço organizei o equipamento no meu arnês e saí cordas fixas acima, com uma aparente serenidade, tentando de alguma forma falar com a minha própria interioridade. O Nuno “Larau” seguiu-me e o Paulo ficou organizando e melhorando a habitabilidade do nosso suspenso “lar”.
Ao alcançar o final das cordas fixas, esperei um pouco pelo Larau e lancei-me apressadamente a abrir o seguinte largo. O frio fustigava-nos com persistência, e por isso saí com botas e gore-tex vestidos, decidido a dar tudo de mim para cruzar este inóspito mar de abrasivo granito. Após uns 12 metros de escalada artificial relativamente simples (embora com voo incluído ao saltar um plomo), alcancei o início do tremendo tecto. Primeiro, a minha reacção foi de espanto e logo de imediato de bastante preocupação, pois ao longo do ângulo que o tecto forma com a parede não existia qualquer fissura, nem sequer micro-fissuras.
- Merda, aqui não existe nenhuma fissura…não há nada!
- Não posso crer!, diz o Larau suspenso da reunião na sua confortável cadeira de plástico.
Eu não lhe respondo. Como se fosse pouco, estava a constatar uma crua e dura realidade. O que os meus olhos estavam a vislumbrar era tudo aquilo que nós não queríamos sequer imaginar. Nesse momento senti-me o ser mais pequenino e frágil do universo. Ao longo do extenso tecto, toda a parede era composta de gigantescas lajes de granito, tão grandes que de longe pareciam um compacto e sólido muro. Quando lhes batia com o martelo, o som que libertavam era tão oco e longo que todas as minhas entranhas se revolviam e ficava repentinamente com um enorme nó na garganta. Toda aquela superfície rochosa estremecia, fazendo-me permanecer completamente paralisado.
Vagarosamente comecei a progredir, colocando pequenos buriles e algum micro-friend entre a parede e as lajes. O pânico estava velozmente a apoderar-se de mim e eu tardava mais de meia hora a decidir-me a transpor os meus quase 70 Kg ao seguinte estribo. Olhava desesperadamente para as aguçadas lajes, apontadas ao pescoço, e imaginava uma de elas saltando da parede, que depois de me decapitar, arrasaria com o nosso campo de hamacas e aos meus dois amigos. Que produtiva é a mente humana! Loucura ou realidade? Não sei. A situação era demasiado extrema para a analisar.
- Vamos Miguel, continua que vais bem!, falava-me o Larau, embrenhado no interior do seu azul traje de gore-tex.
- This is life, Miguel! This is lifeeeeee!, gritava o Paulo dois lances mais abaixo, sem se aperceber da razão de tanta demora.
Sim, isto é vida!, pensava eu, tentando permanecer calmo e tranquilo. Isto é o melhor da vida! Isto é VIDA, mas…mas estou a ponto de perdê-la!, continuava falando com o meu próprio interior mas já quase totalmente apoderado pelo pânico.
O filósofo Nietzche, já em seu tempo dizia: «O segredo para adquirir as mais férteis experiências e os maiores prazeres da vida, é viver perigosamente.» Mas, a vida por si só já é perigosa…perigosa para aqueles que querem viver livres, buscando a vida a fazer o que mais gostam, procurando as suas ilusões, vivendo os seus sonhos, tentando fugir das garras de uma sociedade injusta e cheia de hipocrisia, tentando ser felizes sem ter de pisar os outros…. Isto, penso que é o que pretendemos a maioria de todos nós, errantes habitantes deste mundo, buscando a vida nas montanhas, tentando «…dar vida aos nossos anos e não anos à nossa vida.» (G. Rébuffat).


A dura derrota…

Após algumas horas e de alguns metros mais de crescente tensão, de trabalhosa progressão sobre aguçadas e gigantescas lajes de granito assombrosamente ocas e soltas, toda a minha moral, motivação e desfrute de tão magnifica montanha desvanece sob tamanha desilusão. Então, no centro do cruzamento de duas enormes lajes, observei a existência de um rasgo de rocha firme e perfeitamente sólida. Saquei do burilador e à base de furiosas marteladas consegui colocar um salvador perno de expansão.
Completamente extenuado, não fisicamente mas sim mentalmente, após várias horas debaixo do olhar do pânico, gritei com as forças que me restavam:
- Larau, vou descer!
- O quê?!
- Baixa-meeeee!, grito com mais força.
- Mas…mas o que se passa? Não vais continuar mais para cima?
- Ouve Larau…está a sair uma linha demasiado forçada e pouco interessante, demasiado à base de buriles, para tão precária e perigosa progressão!, falo-lhe com voz firme, talvez um pouco desesperada.
- Sim…daquilo que consigo observar desde esta posição, penso que tens razão! Ok, vamos…!, responde-me.
Em pouco tempo chego à reunião onde o Larau se encontra imobilizado pelo frio e pelo som das muitas pedras que saem disparadas de um canal à esquerda da parede.
- Ei Miguel, estás com um ar algo amarelado!
- É o sindroma do pânico!, responde-lhe sorrindo de alivio.
O Larau sobe para recuperar o material do lance e ainda realiza uma última tentativa de progressão, mas em poucos minutos está de volta à reunião também com o pânico estampado na sua face.
- Uf Miguel, aquilo ali em cima é uma pura e dura sala de tortura, é uma autêntica bomba relógio…escalar ali é jogar friamente à roleta russa!
- A quem o dizes!, e soltamos ambos uma saudável gargalhada.
Baixamos em silêncio até ao acampamento de hamacas retirando as cordas fixas, e se por um lado nos sentíamos aliviados, por outro, estávamos repletos de angústia e tristeza, pois todos nós tínhamos uma grande ilusão em abrir uma nova via nesta grande parede. O Paulo recebe-nos alegremente, pois já se havia inteirado de tudo e compreendia o nosso abandono e principalmente a nossa enorme tristeza:
- Muito bem “tios”, muito bem! Há outras paredes e outras montanhas por escalar, tantos projectos e tantos sonhos para realizar!, falava fortemente com a sua sempre e inesgotável capacidade de motivação.


A retirada…

Decidida a retirada, organizamos o material e começamos a preparar o sempre tão esperado “farto” jantar, pois todos sabíamos que na seguinte manhã a descida tão pouco viria a ser fácil.
Mas, aquilo que pareceria vir a ser uma tranquila e reconfortante noite nas hamacas, transformou-se no derradeiro golpe de misericórdia para a nossa equipa “tuga”. Durante toda a noite uma dura e violenta tempestade eléctrica fustigou impiedosamente o nosso suspenso “lar”. A cada minuto que passava, a chuva e o granizo que caíam furiosamente do escuro céu, junto aos poderosos relâmpagos, enchiam as nossas mentes de medo e todos os nossos pertences de água (tuuuudo molhadinho!).
No seguinte dia, no final de 180 metros de rappel com 40 Kg pendurados do arnês, debaixo da insistente chuva, frio e das velozes caídas de pedras, após um arriscado salto de uns 4 metros sobre a profunda e escura rimaya e de uma alucinante “largada” de petates glaciar abaixo, chegámos finalmente ao nosso fluorescente e vistoso “campo-base” completamente exaustos e moralmente derrotados.
Depois de uma merecida noite de descanso, dois desesperantes carregamentos à carrinha com gigantescas cargas às costas, três pizzas do outro lado da fronteira (e uma última mirada à bella ragazza), e ao mesmo tempo que toda a Europa Central submergia às enormes inundações de Agosto, uma verde A4 escapava à pesada coima de estacionamento e com o chassis rasando o asfalto (do enorme peso!) rasgava ilegalmente pela noite dentro as auto-estradas Helvéticas (sim…sim, sem pagarmos um tusto!) em busca do luminoso sol Ibérico.

Esta tentativa de abertura de uma nova via no Grupo di Sciora, foi “carinhosamente” apelidada entre todos nós por «Tentativa PANIC HOUSE»

Miguel Grillo (2003)





3 Comments:

Anónimo said...

Espectacular texto
Vocês têm-nos no sítio, JODER!!

FCS said...

Sim, boa história! Já a tinha lido na "Cara Norte". Dá pena o abandono e medo o imaginarmo-nos nesse tecto. De qualquer maneira, apesar do insucesso é mais um bom capítulo para o vosso livro.

sesa said...

Das mais belas páginas da literatura tuga, já publicado noutros idiomas e tudo. Não me canso de reler, um clássico entre os clássicos.