A SERRA DA ESTRELA EM PERIGO!
Acabei de ler um livro maravilhoso com o prosaico titulo: “Quatro dias na Serra da Estrela”.Pergunto-me quantos terão lido este livro? Esta pergunta não tem nenhum cariz de ironia pseudo-intelectual do tipo: “eu cá leio muito mais que vocês, seus incultos!”. Na verdade, há alguns meses que não pegava num livro com a decisão de o consumir até ao fim. Até que me surgiu este, sobre um “passeio” pela nossa serra mais alta.
De banal este livro só tem o titulo. Foi escrito muito antes de eu ter nascido, ou dos meus pais terem nascido. Muito antes das estradas que hoje rasgam, implacáveis, a Serra da Estrela. Antes mesmo da segunda grande guerra, antes até da primeira guerra mundial.
Este documento surgiu numa época de inocência e grandes questões fundamentais.
Data do ano 1884 e, o seu autor foi Emigdio Navarro.
Escrito num português arcaico “Quatro dias na Serra da Estrella” conta a historia de três distintas personagens que resolvem organizar uma “expedição” à serra mais alta do país. Naqueles tempos idos a Serra da Estrela estava pejada de mistérios e lendas. Por exemplo, pensava-se que poderiam existir neves eternas, à semelhança de outras montanhas europeias. De certa forma ainda existiam, uma vez que esta actividade decorreu em finais de Agosto e, na vertente norte do Cântaro Gordo foram estes senhores encontrar alguns neveiros por derreter. A prova de que o clima era bastante mais rigoroso do que nos dias de hoje.
Talvez a lenda mais interessante e inesperada tenha sido a da Lagoa Escura (acima da Lagoa Comprida). Dizia a lenda que, nesta pequena lagoa surgiam destroços flutuantes de navios naufragados no mar e, de quando em vez, corpos de marinheiros afogados. A explicação para estas insólitas aparições provinha da teoria popular (decerto fruto da imaginação de pastores) de que existiria um canal directo entre a Lagoa Escura e o oceano. Esse canal seria habitado por monstros malignos (ao bom estilo do Loch Ness, na Escócia) que se dedicavam a atacar as infelizes almas que, num acto de impensável ousadia, se banhassem nas águas negras da lagoa.
Estas e outras histórias curiosas foram escritas há mais de cem anos. Algumas com uma dose de ingenuidade própria da época, outras com uma clarividência intemporal.
O que mais surpreende talvez seja o respeito e sensibilidade pela montanha, transmitidos pelos intervenientes desta aventura, numa altura em que os valores ecológicos e ambientalistas não existiam, nem sequer como palavras no dicionário.
A leitura deste livro obrigou-me a reflectir, de novo, sobre a Serra da Estrela dos nossos dias. Uma serra avassalada e ameaçada.
Aproveito para dizer que não me considero um ecologista. Não sou santo nem o dono da razão absoluta. No entanto, gostaria de deixar a minha opinião com o texto que se segue, talvez porque dizem que a arma mais poderosa é a das ideias, formuladas através das palavras.
Actualmente a Serra da Estrela está cortada por uma rede de estradas, algumas perfeitamente inúteis, como a ligação Piornos-Unhais da Serra e a recentissima Portela do Arão-Lagoa Comprida.
Para esta ultima dirijo a minha perplexidade. Porquê? Para quê? Em falta de uma justificação coerente diria que esta estrada constitui uma provocação, uma prova asfaltada de prepotência, um estereótipo do “eu quero, posso e mando”.
Arriscaria até dizer que a própria estrada da Torre não fazia ali falta nehuma. Neste caso contra mim falo, porque também a utilizo. Não me excluo de uma certa hipocrisia mas, sinceramente penso que se a estrada da Torre fosse eliminada a qualidade da Estrela como monumento natural subiria em flecha. Muitos dos problemas de impacto que actualmente assolam a serra seriam, muito provavelmente, drásticamente reduzidos.
E, por falar em Torre. No outro dia tive de utilizar uma das suas casas de banho. Já não entrava naquele edifício há muitos anos. Já me tinha esquecido daquela barraca de tijolo, sombria e húmida. É realmente deprimente. É realmente uma grande vergonha das alturas.
Ao ser originário da cidade (embora assíduo da serra) coloco-me numa posição de visitante observador. Não percebo nada de arquitectura paisagística mas, penso que até um cego consegue ver que as construcções da Torre, descabidas no tempo e no espaço, não abonam absolutamente nada em favor da qualidade turística da região. Quem dera que houvesse algum iluminado com o suficiente poder politico para mandar abaixo (literalmente) aquele aldeamento decadente, verdadeiro símbolo “Okupa” deste país de ideias curtas.
Logo temos o “must” do orgulho nacional: a fabulástica “”estância de esqui”” da Turistrela.
Devo dizer que não tenho absolutamente nada contra o esqui. Também já esquiei bastante (e espero vir a esquiar mais), sobretudo quando residi em Benasque, no coração dos Pirinéus e, também ali tive a oportunidade de intervir contra os planos de ampliação da estância de Cerler, ao colocar uns “gatafunhos” a que chamo rubrica, num baixo-assinado que circulou em toda a região.
A descoberta, por mero acaso, de uma revista limitada destinada a agências e a profissionais chamada “Viajar”, fez-me pensar sobre o destino da nossa Serra da Estrela.
Na referida revista de Dezembro passado, vem um artigo sobre os investimentos colossais a serem brevemente aplicados na região da Estrela: “O governo aprovou um pacote de investimentos turísticos da ordem dos cem milhões de euros para a região da Serra da Estrela, englobando um aldeamento de montanha nas Penhas da Saúde com uma telecabina de ligação à Torre, a ampliação da estância de esqui e a construcção de vários hotéis.”. Como se isto não bastasse também vem anunciada, com “pompa e circunstância” a quantia de 75 milhões de euros originários do acordo entre a Vodafone e a Turistrela, para serem gastos, num prazo de dez anos, pela auto-proclamada dona e senhora da nossa serra mais alta, a empresa Turistrela.
Não será preciso ser um físico nuclear para perceber o grande paradoxo que estes negócios de “alto gabarito” representam. Ou seja, numa época de aquecimento global, em que cada vez neva menos, em que ao nível mundial VERDADEIRAS estâncias de esqui já estão a encerrar as suas portas, o governo português (e outras entidades) entregam assim de mão beijada vários milhões de euros a um determinado senhor para que este rasgue (ainda mais) a serra, de forma a criar mais terreno “esquiável”.
O grau de inteligência inerente a este “investimento” é algo que me escapa por completo. A lógica destes actos ultrapassa o absurdo. “Não neva, portanto… vamos ampliar as pistas de esqui… serra abaixo!” – Surrealista!
Seria anedótico se, na verdade, estas atitudes burguesas não tivessem uma conclusão trágica para a nossa querida serra. É que, quando todos finalmente perceberem que a Serra da Estrela não tem quaisquer condições para o esqui alpino, então já será tarde demais. Quando o resto dos “tugas” finalmente entender que a serra é, de facto, uma montanha de pequenas dimensões, sem capacidade espacial para megalomanias de novos-ricos, já existirá a tão apregoada “aldeia de montanha”, já se terá inaugurado o hotel no cimo do “Bunker” actualmente instalado junto aos teleskis e, já terão dilacerado irremediavelmente o granito milenar das encostas. Para quê?! Por um simples capricho!
Em toda a campanha de propaganda que tenho visto sobre o esqui na Estrela a inflação da realidade está sempre presente. Note-se o que afirmam no referido artigo da “Viajar”: “Contado com nove pistas…das quais uma preta, quatro vermelhas, duas azuis e duas verdes, a estância está suportada por cinco meios mecânicos…”.
Para quem já faz (ou fez) esqui (à séria!) isto só pode ser tomado como uma piada (de mau gosto). Pista preta?! Quatro pistas vermelhas?! Num terreno quase horizontal? Como é possível? Será que alguém que realmente esquie e que tenha visitado a serra, acredita na existência destas pistas?
Aparentemente, toda a campanha de publicidade em redor das “pistinhas” da Turistrela visa um publico muito menos especializado mas, com grande poder económico. O grupo de mercado alvo está claramente preenchido pelo turismo “pimba” de pequenos burgueses adinheirados. Gente de bolsos cheios que ainda considera o esqui como um desporto “in” reservado apenas ao “Jet-set”. Pessoas que ignoram (ou fingem ignorar) que no estrangeiro, nas estâncias de verdade, já qualquer um pode esquiar… eu incluído, que não possuo um tostão furado.
No artigo da “Viajar” e, rematando em beleza, ainda podemos ler que “(a estância Vodafone-Turistrela) conta igualmente com excelentes condições para a prática de Mushing, trenós puxados por cães, safaris nocturnos e diurnos em motos de neve…”. SAFARIS NOCTURNOS E DIURNOS EM MOTOS DE NEVE! Que bonito! Imaginemos o cenário: um dia estamos nós a apreciar a bela paisagem, característica aliás de um local classificado como parque natural, quando, de repente… uma fantástica, potente e (sobretudo) radical, moto de neve surge no horizonte acelerando furiosamente e a derrapar por entre as pedras de granito…
Todo o artigo da “Viajar” vem sublimar o ridículo, o espírito pobre, medíocre e desprovido de imaginação.
Não se avizinha um futuro brilhante para a Serra da Estrela.
Na minha ingenuidade de leigo não entendido nem doutorado, eu pergunto: Não seria muito mais lógico e sensato se, em vez de se gastar rios de dinheiro na construcção de raiz de uma absurda “aldeia de montanha” esse mesmo dinheiro fosse aplicado na demolição da favela de Penhas da Saúde e, na conservação das aldeias realmente antigas? Não seria muito mais lógico e sensato canalizar a fortuna (bastava metade) prevista para a ampliação da “” estância””, para a demolição dos “mamarrachos” da Torre e para o desenvolvimento de um turismo de qualidade e bom gosto, mais virado para o ambiente?
A não ser que esperem uma nova glaciação nos anos vindouros (possibilidade um tanto ou quanto remota – creio), a edificação de infra-estruturas imensas em tamanho e idiotice culminará na destruição de uma das serras mais espectaculares deste país.
É com nostalgia que recordo as descrições de Emigdio Navarro que evocam uma época na qual nunca vivi. Uma época em que no cimo da nossa mais alta montanha ainda era possível cheirar o vento.
Actualmente a Serra da Estrela está cortada por uma rede de estradas, algumas perfeitamente inúteis, como a ligação Piornos-Unhais da Serra e a recentissima Portela do Arão-Lagoa Comprida.
Para esta ultima dirijo a minha perplexidade. Porquê? Para quê? Em falta de uma justificação coerente diria que esta estrada constitui uma provocação, uma prova asfaltada de prepotência, um estereótipo do “eu quero, posso e mando”.
Arriscaria até dizer que a própria estrada da Torre não fazia ali falta nehuma. Neste caso contra mim falo, porque também a utilizo. Não me excluo de uma certa hipocrisia mas, sinceramente penso que se a estrada da Torre fosse eliminada a qualidade da Estrela como monumento natural subiria em flecha. Muitos dos problemas de impacto que actualmente assolam a serra seriam, muito provavelmente, drásticamente reduzidos.
E, por falar em Torre. No outro dia tive de utilizar uma das suas casas de banho. Já não entrava naquele edifício há muitos anos. Já me tinha esquecido daquela barraca de tijolo, sombria e húmida. É realmente deprimente. É realmente uma grande vergonha das alturas.
Ao ser originário da cidade (embora assíduo da serra) coloco-me numa posição de visitante observador. Não percebo nada de arquitectura paisagística mas, penso que até um cego consegue ver que as construcções da Torre, descabidas no tempo e no espaço, não abonam absolutamente nada em favor da qualidade turística da região. Quem dera que houvesse algum iluminado com o suficiente poder politico para mandar abaixo (literalmente) aquele aldeamento decadente, verdadeiro símbolo “Okupa” deste país de ideias curtas.
Logo temos o “must” do orgulho nacional: a fabulástica “”estância de esqui”” da Turistrela.
Devo dizer que não tenho absolutamente nada contra o esqui. Também já esquiei bastante (e espero vir a esquiar mais), sobretudo quando residi em Benasque, no coração dos Pirinéus e, também ali tive a oportunidade de intervir contra os planos de ampliação da estância de Cerler, ao colocar uns “gatafunhos” a que chamo rubrica, num baixo-assinado que circulou em toda a região.
A descoberta, por mero acaso, de uma revista limitada destinada a agências e a profissionais chamada “Viajar”, fez-me pensar sobre o destino da nossa Serra da Estrela.
Na referida revista de Dezembro passado, vem um artigo sobre os investimentos colossais a serem brevemente aplicados na região da Estrela: “O governo aprovou um pacote de investimentos turísticos da ordem dos cem milhões de euros para a região da Serra da Estrela, englobando um aldeamento de montanha nas Penhas da Saúde com uma telecabina de ligação à Torre, a ampliação da estância de esqui e a construcção de vários hotéis.”. Como se isto não bastasse também vem anunciada, com “pompa e circunstância” a quantia de 75 milhões de euros originários do acordo entre a Vodafone e a Turistrela, para serem gastos, num prazo de dez anos, pela auto-proclamada dona e senhora da nossa serra mais alta, a empresa Turistrela.
Não será preciso ser um físico nuclear para perceber o grande paradoxo que estes negócios de “alto gabarito” representam. Ou seja, numa época de aquecimento global, em que cada vez neva menos, em que ao nível mundial VERDADEIRAS estâncias de esqui já estão a encerrar as suas portas, o governo português (e outras entidades) entregam assim de mão beijada vários milhões de euros a um determinado senhor para que este rasgue (ainda mais) a serra, de forma a criar mais terreno “esquiável”.
O grau de inteligência inerente a este “investimento” é algo que me escapa por completo. A lógica destes actos ultrapassa o absurdo. “Não neva, portanto… vamos ampliar as pistas de esqui… serra abaixo!” – Surrealista!
Seria anedótico se, na verdade, estas atitudes burguesas não tivessem uma conclusão trágica para a nossa querida serra. É que, quando todos finalmente perceberem que a Serra da Estrela não tem quaisquer condições para o esqui alpino, então já será tarde demais. Quando o resto dos “tugas” finalmente entender que a serra é, de facto, uma montanha de pequenas dimensões, sem capacidade espacial para megalomanias de novos-ricos, já existirá a tão apregoada “aldeia de montanha”, já se terá inaugurado o hotel no cimo do “Bunker” actualmente instalado junto aos teleskis e, já terão dilacerado irremediavelmente o granito milenar das encostas. Para quê?! Por um simples capricho!
Em toda a campanha de propaganda que tenho visto sobre o esqui na Estrela a inflação da realidade está sempre presente. Note-se o que afirmam no referido artigo da “Viajar”: “Contado com nove pistas…das quais uma preta, quatro vermelhas, duas azuis e duas verdes, a estância está suportada por cinco meios mecânicos…”.
Para quem já faz (ou fez) esqui (à séria!) isto só pode ser tomado como uma piada (de mau gosto). Pista preta?! Quatro pistas vermelhas?! Num terreno quase horizontal? Como é possível? Será que alguém que realmente esquie e que tenha visitado a serra, acredita na existência destas pistas?
Aparentemente, toda a campanha de publicidade em redor das “pistinhas” da Turistrela visa um publico muito menos especializado mas, com grande poder económico. O grupo de mercado alvo está claramente preenchido pelo turismo “pimba” de pequenos burgueses adinheirados. Gente de bolsos cheios que ainda considera o esqui como um desporto “in” reservado apenas ao “Jet-set”. Pessoas que ignoram (ou fingem ignorar) que no estrangeiro, nas estâncias de verdade, já qualquer um pode esquiar… eu incluído, que não possuo um tostão furado.
No artigo da “Viajar” e, rematando em beleza, ainda podemos ler que “(a estância Vodafone-Turistrela) conta igualmente com excelentes condições para a prática de Mushing, trenós puxados por cães, safaris nocturnos e diurnos em motos de neve…”. SAFARIS NOCTURNOS E DIURNOS EM MOTOS DE NEVE! Que bonito! Imaginemos o cenário: um dia estamos nós a apreciar a bela paisagem, característica aliás de um local classificado como parque natural, quando, de repente… uma fantástica, potente e (sobretudo) radical, moto de neve surge no horizonte acelerando furiosamente e a derrapar por entre as pedras de granito…
Todo o artigo da “Viajar” vem sublimar o ridículo, o espírito pobre, medíocre e desprovido de imaginação.
Não se avizinha um futuro brilhante para a Serra da Estrela.
Na minha ingenuidade de leigo não entendido nem doutorado, eu pergunto: Não seria muito mais lógico e sensato se, em vez de se gastar rios de dinheiro na construcção de raiz de uma absurda “aldeia de montanha” esse mesmo dinheiro fosse aplicado na demolição da favela de Penhas da Saúde e, na conservação das aldeias realmente antigas? Não seria muito mais lógico e sensato canalizar a fortuna (bastava metade) prevista para a ampliação da “” estância””, para a demolição dos “mamarrachos” da Torre e para o desenvolvimento de um turismo de qualidade e bom gosto, mais virado para o ambiente?
A não ser que esperem uma nova glaciação nos anos vindouros (possibilidade um tanto ou quanto remota – creio), a edificação de infra-estruturas imensas em tamanho e idiotice culminará na destruição de uma das serras mais espectaculares deste país.
É com nostalgia que recordo as descrições de Emigdio Navarro que evocam uma época na qual nunca vivi. Uma época em que no cimo da nossa mais alta montanha ainda era possível cheirar o vento.
21 Comments:
Obrigado, Paulo Roxo, por este artigo. Também acho que não é preciso ser um físico nuclear para perceber os teus argumentos. Difícil, mesmo, é perceber a lógica que move esta auto-publicitada "Serra da Estrela dinâmica". Obrigado, mais uma vez.
PS: Ando a ver se deito as mãos a esse livro do Emídio Navarro há já algum tempo...
Olá Paulo,
texto excelente!Não consigo deixar de agradecer por o teres feito!Tudo o que possa contribuir para abrir os olhos de cada vez mais gente para o problema da Serra, dá-me satisfação!Por isso agradeço.
A serra não está só e existe gente a tentar mudar o rumo das coisas. Quantos mais formos mais hipoteses de sucesso teremos.
Relativamente ao à aventura que leste nesse livro devo dizer, a titulo de curiosidade, que a Assoc Amigos Serra da Estrela celebrou o centenário (1984 portanto)dessa expedição com uma reconstituição dessa aventura em suporte de imagem. Se estiveres interessado em obter um destes DVD's fala com o Zé Maria da ASE ou deixa uma mensagem no Cantaro! Já agora, esse livro que tens aí já é uma raridade!
Abraço
Numa altura em que a cultura da pimbalhada está cada vez mais ao rubro só me apetece dizer que este artigo é "super hiper mega si fixe"!
Não entendo como é possivel haver tanta gente de "olhos abertos" em relação ao que se está a passar na Serra e as entidades responsáveis e competentes nada fazem... cá para mim, anda tudo a comer do mesmo.
Lamentavelmente vivemos num mundo onde as escolha$ de alguns, interferem com todos. Excelente artigo. A que não estar calado, porque a ignorância afecta muito boa gente.
...E para quando uma manisfestacao contra a Turistrela e o Desenvolvimeto insustentavel da serra da estrela?
Eu e mais alguns que conheco estariamos la de bom grado!
Optimo artigo Paulo!
Pedro barreto
Peço desculpa aos nossos anfitriões no rppd, mas gostava de aproveitar o desafio aqui deixado pelo Pedro Barreto.
No dia 12 de Maio, terá lugar a 1ª Caminhada pelo Ambiente da Serra da Estrela, evento promovido pela Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável na Serra da Estrela. Ainda não é bem, bem uma manifestação contra a Turistrela ou contra seja lá o que for, mas pretende ser um passo na direcção correcta e, quem sabe, uma boa pedrada no charco.
Para mais informações sobre a esta caminhada, ir a www.pdsse.org/ccase1. Para mais informações sobre a plataforma, ir a www.pdsse.org (este site está ainda muito esquemático, desculpem).
Saudações!
olá Paulo,
ao ler este teu excelente artigo apenas conseguia pensar no livro do asterix, o dominio dos deuses, onde no inicio o "iluminado" Cesar, frente a uma maquete megalomana profere o seguinte comentário - vamos arrasar a floresta e construir um parque natural - penso que dia 12 de maio é dia de "tomarmos a poção mágica e lutar contra a ocupação romana", de forma pacifica mas, decidida, temos que defender o que amamos, de preferencia enquanto existe,
Paulo Almeida
Muito bem!!!
Saudações desde Coimbra
apoiado! que tristeza
OI Roxo tudo bem?? Vejo que não tens parado, em relação a Serra há que dar os parabéns aos senhores, pois vão conseguir fazer da Serra o mesmo que fizeram ao Algarve, bem e se depois não der para o Ski sempre deve de dar para fazerem campos de golfe.
Um abraço...
Carlos Mata
Paulo,
Thanks for the information!
assim é que se escreve, parabéns e já agora envia para a Turiestrela
Engraçado. Tenho esse mesmo livro e sobre ele já postei, com muito prazer. Herdei-o do meu bisavô!
Somos uns felizardos, parece-me:)
Um abraço
Caro T.
Se o herdou do seu bisavô ainda é mais afortunado porque é possuidor de uma edição original. Guarde-a bem.
A cópia que apresento é do ano 2002 e foi-me emprestada.
abraço.
Paulo Roxo
Realmente há coisas engraçadas.Tu consegues escrever tudo aquilo que eu sinto quando estou na serra da estrela.HÁ algum tempo que me apercebi que somos um país de perfeitos idiotas,mas os senhores da turistrela batem todos os recordes.Apelo a todos que amam a serra a lutar contra esses burgueses que só pensam em desenvolver o seu próprio bolso.
Opss, só agora vi a foto de T.
Deveria ter dito: "afortunada"...
Desculpe o equivoco.
Abraço.
Paulo Roxo
Olá Paulo,
Obrigada pela partilha, já estive com o livro na mão, um exemplar já fragil da Biblioteca Municipal do Porto! É fantástico, onde desencantaste o teu exemplar? É que na editora Civilização dizem que nem se lembram de o ter... e não me parece correcto submeter o da biblioteca a uma fotocopiadora pois algumas páginas já estão presas por pouco. Podes dar uma ajudinha?
Muito interessante. A mais antiga referência impressa da lenda da lagoa escura, que eu conheça. é de Moby Dick! (1851):"...the prodigies related in old times of the inland Strello mountain in Portugal (near whose top there was said to be a lake in which the wrecks of ships floated up to the surface)...". Se alguem conhecer uma referência impressa anterior a esta, agradeço que ma indique pf.
ab r
Estou contigo!Estive lá há cerca de 3 semanas e já não é a mesma Serra de há 9 anos ou mais quando para lá ia fazer caminhadas a partir do Covão d'ametade!
deviam de facto demolir aquele barracos que fazem de centro comercial, são nojentos!
Quanto às duas torres...ou iam abaixo també, ou então por que não abrigos de montanha?
Estou farto deste País...!
Uou.
isso é que é falar.
obrigado pela informaçao.é que tenho de fazer um trabalho sobre a serra da estrela e posso avisar os meus colegas e professor sobre esses perigos.vais ver que se pressionarmos muito a turistrela, ainda vamos conseguir com que acordem e parem de destruir o que temos de melhor no nosso pais.
é que eles ate sabem destes perigos, mas querem é fazer dinheiro, entao fecham os olhos e continuam, mas quando nao tiverem mais seera para destruir, é que vao perceber que so fizeram asneiras.
continua assim.
Faço minhas as suas palavras.
Também amo a serra da estrela.
Obrigada.
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