quarta-feira, maio 31, 2006

NOVA! NOVA!

Mais uma vez descemos o trilho de pescadores que nos conduz ao mar e ao inicio de uma das mais esplendidas falésias da nossa geografia. A Falésia de Pinheirinhos.
Mais uma vez transportamos às costas todo o material necessário para inaugurar uma nova via: cordas duplas, friends, entaladores, cintas, cordeleta para abandonar em pontes de rocha e, desta feita alguns pitons. Não transportamos expansivos.
O objectivo é o evidente diedro que domina o flanco esquerdo da parede que alberga a via desportiva “O Pilar desencantado”.
Penduramo-nos como chouriços nas primeiras cinco plaquetes da “Pilar...” e atravessamos para a esquerda abandonando o conforto psicológico das protecções fixas, iniciando os primeiros passos do terreno virgem, explorando um novo itinerário nesta mole de calcário.
O primeiro largo com 40 metros é exigente e dificil de proteger.
Mas, a coisa lá se realizou sem percalços de maior.
A reunião foi equipada com pitons no lado oposto do curioso e grande bloco quadrado que se destaca da parede.
No segundo largo encadeiam-se duas belas fissuras verticais e atléticas.
É necessário estar vigilante pois a rocha tem aqui troços um pouco mais duvidosos.
Um fácil esporão conduz à reunião que se monta debaixo de uma Oliveirinha (dando o nome à via).
Os 25 metros finais são de alta qualidade. Trata-se de um semi-diedro de rocha muito boa e, o seu grau mais baixo possibilita uma escalada tranquila, para disfrutar.
Não fora a chuvada que nos surpreendeu na descida teria sido perfeitissimo!

OLIVEIRINHA
L1 (40 mts): 6c; L2 (45 mts): 6b; L3 (25 mts): 6a.
Material: Cordas duplas, friends e entaladores
Descida: Em rapel pela “Pilar Desencantado”
1ª ascensão: Paulo Roxo e Daniela Teixeira em Maio de 2006.

Paulo Roxo

1 Comment:

Anónimo said...

Via "Oliveirinha" - sugestão de estratégia:

Para cordada com mochilas, é possivel rebocar as ditas, a partir da primeira reunião, com uma das cordas e da seg. ao segundo, com a outra. Içagem praticamente isenta de roces destrutivos para o material.
É bastante mais confortável e facilita o equilíbrio, nos primeiros metros de rocha delicada do L1, escalar sem o estorvo de mochilas e outros volumes pendurados.

FP
(repetição em 28.03.2016)