O Último Bastião da Mediocridade
Já havia bastante tempo que uma estética linha nos impressionava pela audácia do seu possível traçado. No nosso pensamento, delineávamos uma aberrante e atrevida linha imaginária num grande e suspenso pilar granítico.No Verão do ano passado, abrimos o primeiro largo e o Paulo equipa com expansivos todo segundo lance. Mas este (2º), resiste a uma tentativa de ser escalado e decidimos que teremos de o “retocar” com mais umas escovagens e a colocação de mais uma plaquete para proteger melhor uma sequência de duros movimentos.
Os dias decorrem no seu ritmo normal, e acaba o Verão, passa o Inverno e nós não voltámos à via.
Já esta temporada decidimos voltar a “retocar” a via e uma vez mais comprovamos a dureza (e sobretudo muito técnicos!) dos seus movimentos.
Ontem (dia 16) decidimos abrir a via de alto a baixo (ou melhor, de baixo ao alto) de uma vez por todas! O 1º largo revela-se algo mais duro do que nos tinha parecido no ano anterior. Uma fina fissura diagonal de 6c com um movimento de A0 no final, antes de entrar num diedro que nos conduz até a reunião à entrada de uma grande chaminé. O 2º lance começa na chaminé, mas imediatamente varia para a enorme e suspensa aresta que percorre o grande pilar sobre a 1ª reunião. Escalada extremamente técnica, com movimentos delicados e bastante difíceis num profundo vazio. Mas tal e qual o 1º largo, também este se resistiu a uma ascensão totalmente em livre, ficando de momento como 7a+/A0.
Eis um desafio para as primeiras repetições: - Para quando uma ascensão totalmente em livre?
Via «O Último Bastião da Mediocridade» (50 mts, 7a+/A0), por Paulo Roxo e Miguel Grillo em 16/07/2006
Paulo no inicio do 2º largo!
Tentativa de 2005
Mesmo à nossa esquerda, distanciados de poucos metros, o Nuno Pinheiro e o Carlos Simes “Cuca”, resgatavam um teimoso entalador abandonado no dia anterior na via «Hijos Pródigos»
Cuca no "crux" da via «Hijos Pródigos»
Nuno na 1ª reunião da «Hijos Pródigos»
Mais abaixo, a Daniela e o Paulo Alves abriam também eles uma nova via nesta face do Cântaro Magro
Miguel Grillo
2 Comments:
e venham mais duas...
Parabens malta pelo intenso trabalho que tem desenvolvido nos ultimos tempos!. Gostava de chamar a atenção para a importancia deste desporto cujas consequencias vão muito para alem de descargas adrenaliticas no sangue!Este desporto concerteza é uma inspiração para a literatura/poesia!Fico sempre maravilhado com os nomes que esta malta arranja para as novas vias que acabaram de fazer!!heeh!Ainda dá mais vontade de ir lá para ver se entendo a origem do nome!
Abraço e força nisso
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