terça-feira, janeiro 20, 2009

...e agora no Porto!

Sim sim, é este Sábado à noite! Bora lá encher a Espaços Naturais carago!

domingo, janeiro 18, 2009

UMA... NOVA...


A via apresentada foi escalada em Novembro e Dezembro de 2008.



A “Olhos tristes” foi aberta na parede do Espinhaço entre a “Kamikaze” e a “Mancha branca”.



Tem uma secção comum com a “Mancha branca” e cruza com esta na terceira reunião, a qual foi reforçada com uma plaquete inox (existiam três spits bastante oxidados!).

Foi aberta desde baixo utilizando máquina para colocação dos pernes.

A via foi parcialmente equipada tendo em vista uma futura realização integral em livre. No entanto, o seu grau obrigatório não ultrapassa o 6b/A1.





Pode ser um bom desafio de dificuldade para os amantes do vazio no Cabo da Roca – em especial os terceiro e quarto lances, por certo bastante duros, se forçados em livre.

Parte da via foi aberta em solitário.



Truques solitários!


A ideia inicial consistia em percorrer todo o extra-prumo de placa à esquerda do terceiro lance. No entanto, a perspectiva de furar demasiado demoveu-me de continuar pela linha estudada. Assim, a segunda metade do lance percorre todo um diedro aéreo (mas fácil), em comum com a “Mancha branca”.

Um medo irracional acompanhou-me durante toda a ascensão. Creio que a parede do Espinhaço tem um dom especial. O seu angulo geral, fortemente extra-prumado cria uma impressão de amplificação das suas reais dimensões. O mar, quase sempre batido, ajuda a gerar um ambiente particularmente impressionante e intimidante.

Durante a escalada em solitário deparei-me com alguns pitons antigos (e carcomidos) e um velho spit, no penúltimo lance. Tratava-se de uma variante de saída da “Mancha branca” que desconhecia.


Na "Variante de saída da Mancha branca".


A descoberta dos artefactos deixou-me um bocado desmotivado.

Esta nova via era para mim especial e tinha-a sonhado mais ou menos independente. Primeiro, o troço em comum com a “Mancha branca”, logo a “descoberta” da variante, deixaram um ligeiro sabor amargo à aventura solitária de dois dias (separados por uma semana).

Estava decidido a “rectificar” a via.

Convidei a Daniela e, no dia 21 de Dezembro as estrelas conjugaram-se para a realização da escalada.


Daniela no primeiro lance.


O segundo largo.


Terceira tirada.


Daniela a sair para o troço em comum com a "Mancha branca".


O tal troço comum com a “Mancha branca” do terceiro largo permaneceu conforme o original mas, um penúltimo lance foi inaugurado. Percorre os primeiros metros da fissura lógica da “Variante”, para logo torcer para a direita através do extra-prumo e saindo por um diedro fácil muito evidente.


A terceira reunião.

A abrir o quanrto lance.


Fácil e "disfrutón" largo de saída.


Terminámos a nova via no topo da fantástica falésia do Espinhaço, quando esta exibia tons de vermelho fogo, iluminada pelos últimos raios de sol.

Paulo Roxo


terça-feira, janeiro 13, 2009

Serra da Estrela Report. Geeelo!


(Complementar a info com o post: “Invernal, a incógnita”).


O carro marcava os dez graus negativos.

No entanto, amanheceu claro e brilhante o que indicava um dia frio mas, de céu limpo... nada mais longe da realidade!

A estrada até à Torre estava cortada e a Daniela e eu conseguimos uma boleia de um camião limpa-neves que nos deixou no cimo da serra, completamente envoltos por densas nuvens empurradas por um vento Himalaico.


Paradoxos!


Descemos através do Corredor largo para verificar a zona da “Cascata das couves”. Conforme as ultimas informações estas encontravam-se formadas e em óptimas condições.

O vento acalmou um pouco permitindo a escalada da “Dama oculta: 3”, localizada uma trintena de metros abaixo do conjunto das Couves. Esta cascata é de rara formação e trata-se de um bonito exemplar aconselhável. Rapel em “abalakovs” e continuamos a descer a rampa de neve.



Abalakovs


Uns trezentos metros mais abaixo encontrámos formada a “Cavalo de gelo: 4” e, a “Canalito: 4” mais acima, adivinhava-se no meio da densa neblina.

Imediatamente à direita da “Cavalo de gelo” erguia-se uma “chapa” de gelo que trepava uma placa lisa de granito. Há alguns anos que andava a namorar esta linha. Mas, a sua formação rara nunca permitiu uma escalada “à frente”. Desta, resolvemos tentar.

A primeira parte muito precária, de gelo fino, foi realizada com muita atenção (e um parafuso muito curto!), para dar lugar a gelo um pouco mais espesso que se deixava proteger com algum parafuso mais confiável.


Inicio da "Brr! Brr!"


Uma cordeleta em “abalakov” no topo da cascata e estava inaugurada a “Brr! Brr!: 5+”. Para a realizar é necessário possuir uns dois ou três parafusos curtos e estar preparado para “alondrar” alguma que outra protecção. Encontrámos o gelo em perfeitas condições.


"Brr! Brr!"



Dirigimo-nos à zona do Corredor do Inferno para dar uma vista de olhos à “Cascata do Inferno”. Esta estava completamente formada mas, parecia fina para uma ascensão de primeiro.

Bastante à esquerda e mais abaixo do corredor, existia uma pequena coluna em perfeitas condições que se deixou subir. Esta é uma pequena cascata que já tinha tido a oportunidade de escalar num ano anterior. Como proposta de nome sugerimos “Burrinho de gelo: 3+”. Para descer voltámos a recorrer ao “abalakov”.




No dia seguinte, resolvemos escalar uma via que desde há muito tempo não via formada. Trata-se da “Goullote dos curiosos: 3/4”, no cimo do Covão do ferro. Esta linha fantástica de uns 45 metros, percorre uma estreita chaminé e forma-se quando não existe uma acumulação excessiva de neve.



"Goullote dos curiosos"


As suas dificuldades máximas estão localizadas no final, num troço vertical que se pode evitar contornando. De resto, o grau ameno e a sua curiosa localização torna esta via num objectivo interessante.





Duas tomas da Daniela na saída da "Goullote dos curiosos"


Na “Cascata encaixada” encontrámos um primeiro lance excelente e um pouco mais técnico que o habitual (nos anos anteriores).


Primeiro lance da "Cascata encaixada"


O ultimo largo tinha uma grande acumulação de neve transformada na sua base mas, para aceder ao gelo era necessário realizar um destrepe e entrar por estruturas delicadas. Optámos por não escalar este lance e sair pela “Variante dos cobardes”. No entanto, a via encontrava-se “escalável” na sua totalidade, como o comprovaram o Rui Rosado e a Ana Silva que duas horas antes a tinham realizado na integra.



O Rui e a Ana realizaram também a primeira ascensão de uma cascata de formação muito rara localizada no cimo do Covão Cimeiro e por baixo do Cântaro Gordo. A linha chama-se “Nabice no país das maravilhas”, tem uns 25 metros e possui uma curta secção vertical que lhe confere a dificuldade máxima.

Neste passado fim-de-semana a Serra da Estrela acolheu várias outras cordadas que se distribuiram pela “Curva do Cantaro”, sector das “Couves” e até no sector “Loriga ice” que apresentava algumas linhas formadas como a “Gran polla” e a “Pepe Botika, honrado traficante”, realizada “à frente” pelo Paulo Alves.

Também os corredores como o “Estreito” no Covão do ferro apresentavam excelentes condições devido à neve perfeitamente transformada.

Resta dizer que este Inverno parece começar bem. Vejamos como continuará!


Paulo Roxo


segunda-feira, janeiro 12, 2009

SECOND ROUND!

Como a lotação da palestra na loja BIVAQUE (Lisboa) esgotou rapidamente, agendamos uma segunda palestra para dia 22 de Janeiro, no mesmo local.
Apareçam! Contamos com vocês para tentar esgotar os lugares deste second round :)
ATENÇÃO: necessário confirmação por mail (http://www.bivaque.com/Palestras.htm)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Finalmente!!!


(No Porto será dia 24 de Janeiro, na Loja Espaços Naturais. Horas ainda a determinar.)